segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Da(s) Máxima(s)

Relativamente à "Ética da Leitura" e respectiva ambição de máxima: «lê de tal forma que queiras que todos leiam assim», permita-me citar-lhe a Alma do Cirurgião de Jean-Louis Faure: «Eu penso que há até o direito de operar sempre, até contra vontade do doente. Penso e tenho-o feito (...). Por duas vezes no hospital fiz adormecer doentes contra a sua vontade, mantidos à força pelos seus vizinhos válidos», para assinalar a gravidade de confundir o "operar através de" com um "fazer justiça ao pensamento". Deverei mencionar: uma conduta que reafirma alguns princípios universais adoptados (p.ex. as regras de comportamentais que espelham um conceito de dever), ou até, uma definição de moralidade que "é" pêndulo face a benefícios e desvantagens das consequências da acção, é, justamente, um desvio da reflexão ética, pois como bem saberá, esta última, precede a orientação deontológica, consequencialista e/ou utilitarista.  Mas, só mais um esforço, se a negação da "verdade absoluta" +  "verdade autónoma" + "verdades autónomas" = "premissa ética global": porque é que carecemos de comissões de ética?! Ou a sua máxima de "ética da leitura" fica, apenas e somente, nos livros?! 

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