sábado, 8 de outubro de 2011

Da Alemanha

Preservo, talvez por teimosia, um sopro de respiração que me permita, ao fim de uma semana exaustiva, ler os artigos de opinião do excelentíssimo Anselmo Borges, pensando, a cada vez, que já nada me pode surpreender! E entra, de novo, o choque da semana: 8 parágrafos online de uma inqualificável ousadia social, de uma inexplicável  manipulação mental - Os do Sul
Esta semana, os alemães  (no seu ditame) são mote para apresentar uma máxima singular: «Se há país de que eu gosto, ele é a Alemanha. Tenho excelentes e queridos amigos alemães. O que eu sei devo-o em grande parte à Alemanha.» que se transmuta para máxima universal: «É de lá que vem da melhor filosofia, da melhor teologia, da melhor música, da melhor matemática, da melhor física, da melhor literatura. A língua alemã é singular no forjar do pensamento». Esta semana, a alma da Alemanha tem Auschwitz e generosidade no mesmo parágrafo porque «Sem ela, não haveria o que se chama União Europeia nem o euro.». Reparem que, enquanto estado membro fundador da UE, a Alemanha deve ter mais "importância" do que a Bélgica, a França, a Itália, Luxemburgo e os Países Baixos (e o euro nem remonta ao que é, ou seja,  à União Económica e Monetária, e à consagração  do Tratado de Maastricht): "obrigadinha" Alemanha!!! Será que na próxima semana vai dizer que o Estado Novo criou o Campo do Tarrafal, mas apoiava a Igreja Católica (obrigadinha Salazar!)?!

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