Walker, K. (1958). História da Medicina (Gomes, C., Trad., Nt. e Pref.). Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
«Elogio da Distância»
Na fonte dos teus olhos
vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
Na fonte dos teus olhos
o mar cumpre a sua promessa.
Aqui, coração
que andou entre os homens, arranco
do corpo as vestes e o brilho de uma jura:
Mais negro no negro, estou mais nu.
Só quando sou falso sou fiel.
Sou tu quando sou eu.
Na fonte dos teus olhos
ando à deriva sonhando o rapto.
Um fio apanhou um fio:
separamo-nos enlaçados.
Na fonte dos teus olhos
um enforcado estrangula o baraço.
CELAN, Paul, «Papoila e Memória», in Sete rosas mais tarde : antologia poética, trad. de João Barrento e Y. K. Centeno, Cotovia, Lisboa, 1993.
vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
Na fonte dos teus olhos
o mar cumpre a sua promessa.
Aqui, coração
que andou entre os homens, arranco
do corpo as vestes e o brilho de uma jura:
Mais negro no negro, estou mais nu.
Só quando sou falso sou fiel.
Sou tu quando sou eu.
Na fonte dos teus olhos
ando à deriva sonhando o rapto.
Um fio apanhou um fio:
separamo-nos enlaçados.
Na fonte dos teus olhos
um enforcado estrangula o baraço.
CELAN, Paul, «Papoila e Memória», in Sete rosas mais tarde : antologia poética, trad. de João Barrento e Y. K. Centeno, Cotovia, Lisboa, 1993.
sábado, 28 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
«Livro Sétimo (1984) – O Medo (2)»
"22 de Janeiro
dormi bem. de quando em quando consigo dormir bem. há um mês que deixei os soníferos.
quase não leio, deixei de ir ao cinema, não saio de casa. apesar de tudo não me sinto desesperado. mantenho-me neste estado vegetativo.
tento descobrir o caminho certo para o silêncio definitivo. sei que um dia deixarei de escrever, como deixei de pintar ou de amar. a escrita resume muito mal o que retemos da vida, quase nada, uns quanto sinais vertiginosos, umas quantas dores. O obsessivo vício das palavras conduz à desertificação do corpo e alma.
necessito da travessia deste silêncio. é provável que seja o susto, quando pressinto as vozes nocturnas sussurrando dentro de mim. nenhuma delas me é familiar. se calhar, as vozes que ouço são as de alguma doença; cada um dos órgãos do corpo deve possuir uma voz para se lamentar, mas não estou certo disto.".
Al Berto. O Medo (Trabalho Poético 1974-1997). 4ª ed. Lisboa: Assírio & Alvim, 2009. ISBN 978-972-37-1404-3. p.362.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
«Crave»
"A: And I want to play hide and seek and give you my clothes and tell you I like your shoes and sit on the steps while you take a bath and massage your neck and kiss your feet and hold your hand and go for a meal and not mind when you eat my food and meet you at Randy's talk about the day and type your letters and carry your boxes and laugh at your paranoia and give you tapes you don't listen to and watch great films and watch terrible films and complain about the radio and take pictures of you when you're sleeping and get up to fetch you coffee and bagels and Danish and go to Florent and drink coffee at midnight and have you steal my cigarettes and never be able to find a match and tell you about the tv programme I saw the night before and take you to the eye hospital and not laugh at your jokes and want you in the morning but let you sleep for a while and kiss your back and stroke your skin and tell you how much I love your hair your eyes your lips your neck your breasts your arse your..."
Crave, Sarah Kane
Crave, Sarah Kane
domingo, 15 de janeiro de 2012
Trip Hop
Don't stop moving, you must keep on going
Don't you stop believing, you should go on dreaming
Don't stop moving, you must keep on going
Don't you stop believing,
'Cause it's people like you make the world go
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Subscrevendo:
"Claro que os cidadãos menos sofisticados protestam que assim também eles fazem previsões, porque é evidente que os tempos estão difíceis uma vez que vivemos em Portugal, e isto está difícil desde 1143."
Retirado de: http://aeiou.visao.pt/as-dificuldades-dificeis-de-2012=f642287
Retirado de: http://aeiou.visao.pt/as-dificuldades-dificeis-de-2012=f642287
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
No paraíso da Suécia: Igreja do Kopimism
Parece que "estamos" a retomar da Constituição Politica da Monarchia Portugueza: 23 de Setembro de 1822
Titulo I
«Dos Direitos E Deveres Individuaes Dos Portuguezes»
Capitulo Único
Artigo 2
A liberdade consiste em não serem obrigados a fazer o que a lei não manda, nem a deixar de fazer o que ella não prohibe. A conservação desta liberdade depende da exacta observância das leis.
PORTUGAL. Constituições Portuguesas 1822│1826│1838│1911│1933 (ed., fac-símile). 2ª ed. Lisboa: Divisão de Edições da Assembleia da República, 2009. p.12. ISBN 978-972-556-532-2.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Contudo, Rousseau...
[Apesar da minha não muito grande estima pelo pensamento do sr. Rousseau, não resisti a citá-lo... Ironicamente, seria quase possível encontrar aqui um «visionário»! Risos]
"Hoje só se altera o estado das coisas à custa de balas de canhão ou de dinheiro e como nada mais há a dizer às populações senão dêem-nos dinheiro, para o efeito afixam-se de preferência painéis nos cantos das ruas ou mandam-se os soldados invadir as casas."
ROUSSEAU, Jean-Jacques, Ensaio sobre a Origem das Línguas, trad. Fernando Guerreiro, Editorial Estampa, Lisboa, 2001, p. 125
"Hoje só se altera o estado das coisas à custa de balas de canhão ou de dinheiro e como nada mais há a dizer às populações senão dêem-nos dinheiro, para o efeito afixam-se de preferência painéis nos cantos das ruas ou mandam-se os soldados invadir as casas."
ROUSSEAU, Jean-Jacques, Ensaio sobre a Origem das Línguas, trad. Fernando Guerreiro, Editorial Estampa, Lisboa, 2001, p. 125
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