quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

(...)

Moro numa casa invisível onde ecoa um deserto in-finito.

Os teus braços, as minhas paredes. O teu rosto, o meu tecto. O teu corpo, o meu chão.

És a morada onde me demoro, sem demorar.

O tempo morre no teu silêncio.

Sinto a vertigem, o fascínio do abismo.

(...)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

(im)possibilidade

A (im)possibilidade de quem "ama", de quem "amou" um ante-futuro, (re)inscrevendo até ao limite, o "voto" de promessa...
(Ilustração - Ray Caesar: CALAMITY (2011))

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não obstante, porém e contudo: «ontologia camuflada»


“«Poesia» é o significante fundamental do indefinível […]”

NANCY, Jean-Luc, Resistência da poesia, trad. Bruno Duarte, Lisboa, Vendaval, 2005 (negrito não original)

sábado, 10 de setembro de 2011

Controlo de Qualidade:

Candidatos(as) 2011/2012 à «fogayrinha»

Aníbal António Cavaco Silva
Maria Manuela Dias Ferreira Leite
Pedro Manuel Mamede Passos Coelho
Vítor Louçã Rabaça Gaspar
Nuno Paulo de Sousa Arrobas Crato

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

«...»

Recalcamento de um "pêndulo orgânico" que se esvazia, sem tempo, no tempo de uma ampulheta...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Organon «da» Estupidez (5)

Shakespeare decassílabo de Vasco Moura*:
«És música e a música ouves triste?
Doçura atrai doçura e alegria:
porque amas o que a teu prazer resiste,
ou tens prazer só na melancolia?
Se a concórdia dos sons bem afinados,
por casados, ofende o teu ouvido,
são-te branda censura, em ti calcados,
porque de ti deviam ter nascido.
Vê que uma corda a outra casa bem
e ambas se fazem mútuo ordenamento,
como marido e filho e feliz mãe
que, todos num, cantam de encantamento:
É canção sem palavras, vária e em
Uníssono: “só não serás ninguém”.»
e
Shakespeare de Shakespeare:
«Music to hear, why hear’st thou music sadly?
Sweets with sweets war not, joy delights in joy;
Why lov’st thou that which tou receiv’st not gladly,
Or else receiv’st with pleasure thine annoy?
If the true concord of well-tuned sounds
By unions married, do offend thine ear,
They do but sweetly chide thee, who confounds
In singleness the parts that thou shouldst bear:
Mark how one string, sweet husband to another,
Strikes each in each by mutual ordering,
Resembling sire, and child, and happy mother,
Who all in one, one pleasing not do sing:
Whose speechless song being many, seeming one,
Sings this to thee: ‘Thou single wilt prove none.’»

*Moura, V. G. (2011). Os Sonetos de Shakespeare (Silva, C., Rev., versão bilingue). Lisboa: Círculo de Leitores.