quinta-feira, 28 de junho de 2012

Protesto de bolseiros - 5 Julho de 2012


Acção de protesto de bolseiros - 5 Julho de 2012
Por situações como


A Direcção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) convoca para o dia 5 de Julho, quinta-feira, uma acção de protesto dos bolseiros de investigação. Trata-se de uma concentração, em frente ao Ministério da Educação e Ciência, na estrada das Laranjeiras, em Lisboa, pelas 15h.
Dando continuidade a acções já desenvolvidas por núcleos locais de bolseiros, com esta acção apelamos aos bolseiros que compareçam e façam ouvir a sua voz. A ABIC dinamizará uma tribuna pública onde recolheremos testemunhos directos dos bolseiros para entregarmos à tutela, dando também assim uma resposta forte ao pedido de exemplos concretos de problemas e abusos do Estatuto do Bolseiro de Investigação, que a Secretária de Estado da Ciência fez na última reunião com a ABIC.
Os bolseiros de investigação têm vindo a sofrer, em particular nos últimos meses, severos ataques às suas condições de trabalho e de vida. Não podemos aceitar os atrasos sem precedentes no início, na renovação ou nos pagamentos das bolsas com consequências gravíssimas e imorais na vida dos bolseiros e suas famílias. Não são aceitáveis também os atrasos nos reembolsos do Seguro Social Voluntário (SSV), que levam a que muitos bolseiros suspendam as suas contribuições para o SSV, pondo em causa a sua proteção social mínima. É urgente lembrar a incomportável perda de poder de compra de quem não vê as bolsas atualizadas desde 2002. É urgente denunciar que, apesar dos elevados níveis de qualificação, da sua importância e peso no Sistema Científico e Tecnológico Nacional, o Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI) continua a impor condições de extrema precariedade. Vamos exigir mais respeito por quem tanto contribui para o desenvolvimento e reconhecimento de Portugal. Vamos exigir a alteração do EBI no sentido de valorizar e dignificar o nosso trabalho.
Fim dos atrasos nos pagamentos das bolsas e da Segurança Social.
Contratos de trabalho e melhores condições para quem trabalha em Ciência.
Participa e traz um amigo.
Informações pelo mail da ABIC ou por:
André Janeco (Lisboa e Sul): 966354511
Ana Pina Rodrigues (Coimbra e Centro/Norte): 962229367



sábado, 23 de junho de 2012

Porque há dias que não controlo os meus "impulsos egoístas" - "Religião para ateus"


«Há, de facto, necessidades cruciais sempre presentes, que são a razão das religiões e para as quais a sociedade profana não mostrou capacidade de resposta eficaz: "a necessidade de viver harmoniosamente em comunidade, apesar dos nossos impulsos egoístas e violentos profundamente enraizados" e "a necessidade de enfrentar graus terríveis de sofrimento por causa da nossa vulnerabilidade perante o fracasso profissional, as dificuldades das nossas relações com as pessoas próximas, o desaparecimento dos seres queridos e a nossa própria decrepitude".»

[Ora, apesar de não ser particularmente entusiasta da maioria dos "métodos" destas áreas, permito-me relembrar que a "sociedade profana" tem, por exemplo, todo um campo de psicologia e psiquiatria que poderão ser úteis para quem 1) esteja diante da "necessidade de enfrentar graus terríveis de sofrimento" e 2) não tenha particular vontade de se "ajoelhar diante da estátua de um carpinteiro"]

«Ora, aí está, por exemplo, a Missa, lugar de encontro de conhecidos e desconhecidos: aí está "a possibilidade rara de saudar um desconhecido sem correr o risco de ser julgado importuno ou louco"»

[Se saudar um desconhecido ou, permito-me acrescentar, uma desconhecida, num qualquer Festival de Verão ou Acampamento (dos mais diversos estilos), dúvido que seja julgado como importuno ou louco.]

«John Stuart Mill disse que "a finalidade das universidades não é tanto formar magistrados, médicos e engenheiros competentes como formar seres humanos capazes e cultos." [...] De facto, a universidade moderna parece quase não se preocupar com inculcar nos seus estudantes "aptidões emocionais ou éticas e, ainda menos, ensiná-los a amar os seus semelhantes e a deixar o mundo mais feliz do que o encontraram." A razão disso está, segundo Botton, no declínio do ensino das Escrituras: instalou-se a esperança de que "a cultura poderia ser não menos eficaz do que a religião na sua aptidão para guiar, humanizar e consolar."»

[Neste caso, já nem entro por reduções ao absurdo e permito-me apenas parafrasear o paradigma implícito - o ensino universitário está em declínio em virtude do declínio do ensino das Escrituras!!! Se eu fosse crente diria: Ó MEU DEUS!!!]

Jacques Derrida by Marina Jijina

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Colóquio Internacional "Paul Celan: Da Ética do Silêncio à Poético do Encontro"

Apresentação:
     Assumindo-se como uma das vozes poéticas mais singulares do século XX, Paul Celan aceitou, na indigência da época, a responsabilidade do Canto. Indevelmente marcado pela experiência do inumano, Celan escreve a partir da memória dolorosa da Shoah, infirmando, assim, o veredicto de Adorno, para quem redigir um poema após Auschwitz seria um acto bárbaro. 
     De Mohn und Gedächtnis a Fadensonnen, passando por Von Schwelle zu Schwelle e por Atemwende, esta é uma poesia que se afirma às margens de si mesma no limiar do emudecimento e que, ainda assim, funda a possibilidade de dizer a esperança. Um dizer poético opaco e elíptico que, esculpido por penumbras, se revela avesso às pretensões da completude e que é adensado pelo uso criativo e radical, operado no seio da própria linguagem. Radicalizando a experiência da linguagem e empreendendo uma perpétua demanda do Outro, a obra celaniana não cessa de iluminar o pungente paradoxo que se plasma no imperativo ético de exprimir o indizível. 
     Tratando-se de uma produção poética que concitou a atenção de diversos pensadores (P. Lacoue-Labarthe, G. Agamben, J. Derrida, H. G. Gadamer, Emanuel Levinas, G. Steiner ou M. Blanchot) e inúmeras obras artísticas (por exemplo, a pintura de Anselm Kiefer ou a música de Michael Nyman), a obra de Celan participou, ainda, no debate filosófico da sua época (no diálogo que estabelece com a ontologia heideggeriana e a corrente dialógica de Buber, bem como com o pensamento da hospitalidade e do reconhecimento em Levinas), mergulhando igualmente as raízes do seu pensamento na tradição judaica a que nunca renunciou.
     Reunindo a presença de diversos especialistas nacionais e internacionais, o presente colóquio visa reflectir sobre a importância do testemunho poético e da vertente ética da obra de Paul Celan, compulsando noções como testemunho, representação, melancolia, trauma, memória e esquecimento.
(Ver aqui)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Damn...


Damn your eyes
For takin' my breath away
Makin' me wanna stay
Damn your eyes
For getting my hopes up high
Makin' me fall in love again
Damn your eyes

sábado, 2 de junho de 2012

«Bang bang, she shot me down»

Bang
Bang

Passa palavra...